Fachada frontal | Suspensa por quatro pilotis, a casa toca pouco o terreno em declive. Na estrutura de concreto chanfrada, a esquadria abre o ângulo no canto para formar a varanda
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Em uma reserva ambiental nos arredores de Brasília, no Distrito Federal, os moradores da cidade buscam tranquilidade e maior contato com a natureza. Ali, o DJ e promotor de eventos culturais Chicco Aquino escolheu o condomínio Solar da Serra para construir seu refúgio. No alto do terreno com acentuado declive, o escritório de Arquitetura projetou um prisma de concreto moldado na obra, que se abre inteiramente, orientado para proporcionar vistas ininterruptas da paisagem serrana. Compacta, com ambientes na medida para abrigar apenas o proprietário, a casa de 95 m² reflete as necessidades do estilo de vida simples e moderno do morador. A área interna é dividida em espaços modulares e contínuos: um quarto, um banheiro, escritório, cozinha aberta para a sala e lavanderia independente. “Tem tudo do que eu preciso, e o condomínio está a 30 minutos do centro de Brasília, onde fica minha empresa”, diz Chicco, que atualmente está solteiro. “Comprei o terreno há seis anos porque gostei de sua posição com vista para a paisagem verde e para o nascer do sol. Pensei em construir dois volumes: um familiar e outro para meu estúdio. Fiz primeiro esse menor, que ficou pronto em um ano.”
Apoiada em quatro pilotis, a construção toca levemente o solo, respeitando a topografia natural do terreno. “O projeto buscou coerência entre o material e a estrutura”, diz o arquiteto Diogo Santos, sócio do escritório 3.4. O volume, uma estrutura autoportante, foi executado inteiramente em concreto armado com bordas chanfradas. “Durante a obra, um cuidado especial foi empregado para manter a textura uniforme do concreto, que foi deixado aparente”, acrescenta ele. Nas fachadas frontal e dos fundos, oito painéis deslizantes de alumínio com vidro e outros oito com venezianas ocupam totalmente os vãos de cada lado. Isso proporciona a continuidade entre o interior e o exterior, e uma percepção espacial dinâmica ao longo do dia, segundo o arquiteto. “A abertura das esquadrias de correr permite a generosa entrada de iluminação natural e ventilação cruzada, que favorecem o resfriamento do concreto – material que tende a absorver e reter calor”, explica Diogo. Outro recurso para manter o conforto térmico dentro da casa foi a implantação de uma camada de vegetação na cobertura que impede a incidência de sol diretamente na laje, que recebeu ainda um sistema de captação e reutilização da água da chuva.
O que mais encanta o morador é a possibilidade de integrar todos os ambientes à paisagem apenas deslizando os painéis de vidro e as venezianas, que correm nos trilhos nos dois sentidos, em ambas as fachadas. “A casa é muito gostosa. Dentro, a sensação é de se estar fora”, afirma Chicco. “Tenho possibilidade de deixar o espaço de quatro painéis abertos onde eu quiser. Pode ser apenas na sala ou no quarto.”
Nas duas fachadas, o acesso à casa acontece por escadas com estrutura metálica e degraus de madeira. A dos fundos leva ao jardim e à área para estacionamento de carros. Na fachada principal, voltada para a rua e para o horizonte, uma pequena varanda começa estreita ao lado da escada e aumenta de largura na altura do quarto, criando uma área para o morador admirar o nascer do sol e também o da lua.
Varanda | O DJ e promotor de eventos Chicco Aquino descansa na poltrona Paulistano, da Arte Ofício, com os pés apoiados no guarda-corpo de ferro
Integração | Os espaços são contínuos, com livre circulação entre a cozinha aberta para a sala e o escritório sem porta. Os painéis deslizantes de alumínio com veneziana e vidro, da Alubrar, abrem os vãos das duas fachadas. Luminárias da Reka
Sala | O morador expõe bichos de madeira e serigrafias do artesanato brasileiro na estante de madeira, criada pelos arquitetos e fixada na parede com cimento. Poltrona da Tok & Stok. Bancos da Arte e Ofício. Tapete da Leroy Merlin
Quarto | A porta pivotante de ipê champanhe, mesma madeira do assoalho, fica solta na lateral com a abertura dos painéis. A parede de alvenaria com acabamento de cimento queimado acompanha a linguagem do concreto aparente no teto
Fachada dos fundos | O recolhimento dos painéis para um lado abre o quarto para o jardim com grama em bloquetes de concreto. Ao lado da escada com estrutura de aço e degraus de ipê, banco de concreto usado em praças de Brasília
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